E de repente, em conversas passadas com o maridão, ele referia todo o gosto musical que gostaria de incutir na Maria um dia mais tarde. Verdade seja, ele de facto tem uma cultura musical acima da média, e eu concordei de imediato, quase que dissemos ao mesmo tempo "tudo menos Justin Bieber". E rimos. Pois é, mais valia eu não me ter rido, não porque a Maria tenha tido essa queda, ela com 7 meses ainda não sabe que fruta gosta mais, quanto mais o que vai ouvir, mas porque mãe de Maria teve um devaneio, devaneio esse que saiu bastante caro!

Ouvi e vi o videoclipe da música Sorry, uma única vez. E nunca mais me saiu da cabeça. Como é que é possível? O pior é que pensei logo de imediato "Bolas Bieber o que é que te deu? Eu odiava o teu estilo musical!" e ao mesmo tempo pensei também "Bolas, o que é que te deu a ti miúda, tu tens melhor gosto do que isto". E o miúdo está muita giro pá!


E desde então vai na volta dou por mim com isto na minha Playlist, e também esta. Alguém me interne, rápido, antes que o meu marido venha ler este post!

Agradecida*

Vai Leonardo DiCaprio, vai com tudo desta vez. E não saías daí sem uma estatueta pá!! Já te estão a dever umas quantas, por isso desta vez não lhes escapas :)


Go Go Go!

Há lá coisa melhor nestes dias frios, do que aninharmo-nos no nosso rebento? Teorias do co-sleeping à parte, digam lá, não é a melhor sensação do mundo? O frio lá fora e o abraço do nosso baby cá dentro! Sabe tão bem ser mãe...

Costuma-se dizer que por trás de um grande homem, está sempre uma grande mulher. Mas no meu caso afirmo que por trás de uma grande mãe, está um grande pai (de Maria).

Todas sabemos o quão trabalhoso é cuidar de um bebé, principalmente nos primeiros tempos em que cada tarefa parece ser calculada minuciosamente para sair perfeita, e demoramos uma eternidade em cada uma delas (curioso que passado 1 mês já parece que fazíamos isto a vida inteira). Pai de Maria, mais conhecido por "calma e tranquilidade em pessoa" esteve lá presente em todos os momentos, desde os mais felizes, em que coloco o nascimento dela no topo da lista, aos mais preocupantes, e aqui refiro-me ao baby blues. O que é isto do baby blues? É uma fase pós parto em que a mãe fica particularmente sensível, melancólica, ansiosa, triste, assustada e muito deprimida. Não falamos de uma depressão pós-parto, mas é uma fase bem chata e em que por vezes não damos a devida importância e quando é assim, acaba por correr mal, principalmente quando não há comunicação entre o casal. Um baby blues "mal curado" pode acabar em algo bem pior, é de evitar!

Eu resumo como 15 dias pós parto de lágrimas sempre prontas a sair, hormonas descompensadas, um enorme medo de não sabermos cuidar daquele bebé que está ali e que é para sempre, um pânico gigante de algo correr mal e não sermos capazes de dar a volta à situação, os nervos sempre à flor da pele, um cansaço extremo e ao mesmo tempo... uma alegria imensa por termos ali o bem mais precioso da nossa vida, ao nosso cuidado. Como dizia a pipoca mais doce (quando falou e muito bem deste tema) apodera-se de nós "o medo de fazer merda".

Isto é tudo muito bonito quando lemos sobre isto antes do parto, mas e quando não lemos? E quando de repente nos deparamos com estas sensações todas e não sabemos o que se passa? Tive a sorte de ter uma amiga próxima que é enfermeira e que me começou a falar nisto ainda antes do parto, e que me repetia vezes sem conta depois "Lembraste do que falamos sobre o baby blues? Pronto, é isso que está a acontecer contigo, tem calma, relaxa, vai passar dentro de alguns dias." Na prática passa, eu diria que são duas semanas bem esquisitas, e depois vem o mar calmo. Mas na teoria são dias que mais parecem meses! Acho que o meu baby blues começou ainda na maternidade, quando, durante a primeira noite, olhei para a Maria e pensei "E agora? Como é que eu sei exactamente o que é para fazer contigo? Como é que vou conhecer todos os teus choros?" e isto acabou por resultar em 48 horas seguidas sem dormir, isto depois de ter parido e estar completamente dorida e exausta. Foram 48 horas sempre preocupada em ver se ela estava bem, se respirava, se queria mamar, se estava deitada na posição correcta... ao 3º dia, portanto o dia em que saímos da maternidade, tudo descambou. Mal chegamos a casa eu só tive tempo de pousar a Maria na minha cama e ir a correr à varanda e chorei durante uns bons 20 minutos, como se o Mundo fosse literalmente acabar. E foram uns 12 dias seguintes mais ou menos no mesmo padrão, incluindo o acordar (eu) de 2 em 2 horas para ver se ela estava a respirar. A juntar à festa eram as visitas que não me largavam e faziam literalmente sala tardes inteiras, e eu só queria poder descansar e usufruir da minha filha com algum sossego e paz. Deveriam ser proibidas visitas por períodos maiores de 45 min aos recém-nascidos no primeiro mês.


Apesar de pouco se escrever sobre isto, confesso que acredito piamente que todas as mães passam pelo baby blues, com menos choro ou mais lágrimas, com menos ansiedade ou mais medo. Claro que não somos obrigadas a confessar os "podres" de um sonho cor de rosa pela qual estamos a passar no momento, mas no fundo acho que deveríamos falar mais das coisas em vez de as guardarmos para nós. Quanto mais expusermos este tipo de experiências, sem falar só no quanto é belo ser mãe, e o quanto é gratificante ter o nosso bebé nos braços, mais mães ajudamos, principalmente as que estejam a passar pelo mesmo, ou que estejam grávidas e assim podem ir falando com os maridos e prevenindo-os. Isto foi muito importante, o maridão já estava mais ou menos "preparado" pela minha amiga para o que era tudo isto, e soube se precaver e precaver a relação, que é fundamental.

Maridão tirou então o primeiro mês para estar connosco e foi sem a menor dúvida o meu braço direito, o meu melhor amigo, o meu companheiro, o meu suporte e a minha força. Se nunca te tinha agradecido até aqui, agradeço agora, obrigada meu querido! Posso dizer que até hoje tens cumprido na integra todos os votos do casamento e nunca me deixaste ficar mal.


Relembro que no final, quando a nuvem negra passa, entramos verdadeiramente no sonho da maternidade e é mesmo tudo tão lindo, isto de ser mãe. Sempre foi o meu sonho e agora, que se concretiza, às vezes ainda tenho de me beliscar. Adoro-te Maria! Para sempre...

Por vezes a gravidez deixa-nos algum tempo livre. Sobretudo em casos como o meu em que tive de ficar sossegadinha em casa depois da 35ª semana de gestação, pois tive ameaça de parto e foi aconselhado repouso. Depois do choque inicial "Como assim em casa sem fazer grandes esforços?", de repente o nosso sofá é só o que nos vem à cabeça em loop, e aí partimos logo para o tema "E agora, onde vou ocupar o tempo?". Sim ao início há imensa coisa para ler, imensas roupinhas fofinhas para olhar 10 x ao dia, imenso trabalho (no meu caso trabalho por conta própria através do meu pc, não deixei totalmente de trabalhar, mas comecei a abrandar drasticamente pois a dificuldade de concentração com tanto sono, já era imensa), imensas séries para pôr em dia, e filmes que queríamos ter visto desde 2000 e troca o passo. Mas contínuo a dizer, o tempo continua a ser de sobra para as coisas que temos para fazer, ou simplesmente o nosso cérebro precisa de não raciocinar de vez em quando. Principalmente na gravidez, em que temos imenso sono, cansaço, desconforto, e que no final da gestação só queremos nos atirar para o sofá e ficar literalmente "a vegetar". Acabamos então por ir parar aos canais fúteis, e não, não me refiro aos nacionais, não tenho paciência para os programas de reformados, isso é demasiado parado, não abusemos também.

Fui parar ao canal E! e de imediato às tão faladas Kardashians. Comecei por ver a série actual, rapidamente me actualizei nas antigas e agora vejo, todos as semanas o episódio novo. Eu sei, a gravidez já lá vai, mas continuo a ter de "vegetar" de vez em quando, numa das sestas da Maria, aquele momento em que simplesmente fico no sofá sem fazer rigorosamente mais nada. Nem que seja apenas 1 hora por semana. Que melhor altura para pôr a futilidade em dia? Pronto, ok, podem me atirar tomates à vontade agora.


Mas que aquilo mais parece uma novela parece, e convenhamos, já não há pachorra para as novelas da globo demasiado dramáticas, e as produções nacionais ainda deixam um pouco a desejar. Aproveito e vejo as modas, que nisso temos ali para todos os gostos.

Arcade Fire em Portugal novamente em 2016!! Estou a rejubilar minha gente. Uma das minhas bandas de eleição, e que já tive o prazer ouvir ao vivo duas vezes, mas nunca é demais! São absolutamente geniais, só posso recomendar. Mais fãs desse lado?

Aquele momento em que nos apercebemos que naturalmente as amizades vão mudando, sem grandes dramas. Porque quando somos mães é inevitável, as nossas prioridades mudam e o tempo disponível nos primeiros tempos é quase nulo para nós próprias, quanto mais para os outros. Há os que ficam e têm paciência, e há os que se vão embora pelo próprio pé. Então Adeus!


O bom disto da maternidade é que novas e boas amizades aparecem, aquelas em que nos sentimos "em casa" e que fazem com que lamentemos menos pelas que perdemos.

Coisas de mãe.

Acredito que tenha leitoras desse lado que já sejam mães, e acredito também que cada uma defenda a sua ideia, e eduque o seu bebé segundo a sua teoria. Seja ela qual for. Até aqui tudo muito bem. Agora contem-me cá mães, qual o motivo para andarem sempre à bulha umas com as outras?

Eu participo de alguns fóruns no facebook de mães, pois são sinceramente uma verdadeira ajuda diária para diversas questões relacionadas com bebés, sobretudo a mães de "primeira viagem", que é o meu caso, mas às vezes deparo-me com cada "tareia" verbal de umas para as outras, que penso: mas não estamos todas aqui para o mesmo?


Porque criticamos as que amamentam? As que não amamentam? As que educam em casa? As que colocam no infantário? As que dão colo? As que não dão colo? As que usam sling? As que usam ovo? As que dão aero-om? As que não dão aero-om? As que medicam? As que não medicam? As que tiveram cesariana? As que tiveram parto natural? As que optam por hospitais públicos? As que optam por hospitais privados? As que fazem co-sleeping? As que colocam os bebés no quarto deles? As que fazem exercício na gravidez? As que não fazem exercício na gravidez? As que deixam chorar? As que socorrem logo o choro? As que fazem os cursos de preparação? As que fazem curso nenhum? As que levam os filhos para todo o lado? As que deixam os filhos na casa dos avós?


Acreditem, a lista é interminável. Eu que nem sou de me aborrecer, muito menos com este tipo de assuntos, vou deixando passar... e apenas comento quando a minha opinião vai ajudar a mamã em apuros, e quando trago algum "sumo" à conversa. Mas por favor, choca-me que haja gente que pense que é a sua teoria que tem de prevalecer perante todas as outras teorias de mães que por ali passem. Já pensaram que o que resulta com os vossos filhos, pode não resultar com os filhos dos outros? Há uma coisa inquestionável em todas nós: o instinto maternal!

Apenas recomendo que cada uma siga o seu, e que não se ponham com estas coisas, principalmente quando isso gera imenso mau ambiente em assuntos em que as mães estão mesmo apavoradas com alguma coisa e precisam realmente de ajuda, e não de se depararem com autênticas novelas mexicanas. Sejam mães e não "rainhas do pedaço".

Podíamos todos gostar de ginásio e ser saudáveis? Podíamos. Mas aqui a mamã da Maria foge do ginásio a 7 pés. Adorava, juro que adorava entrar nesse espaço e sentir-me radiante por ir desanuviar a cabeça e gastar calorias, que melhor combinação do que esta? Não há! Mas sou mesmo preguiçosa para sair de casa e pôr-me a caminho do ginásio. E digo isto porque já frequentei bastantes, e até já fui bem fanática com estas questões da vida saudável e do culto do corpo. Mas agora simplesmente não consigo. Arranjo mil e uma coisas para fazer ao invés de ir exercitar o corpo.


Bom, mas o peso extra da gravidez não se vai com o vento (ainda me faltam uns bons 5 quilinhos), portanto vou ter de optar, ou fico com este peso e habituo-me a ele (not) ou faço alguma coisa pela vida. Acabei por procurar academias de dança, isto sim eu adoro fazer, e encontrei a nova Jazzy do Saldanha. Já conhecia a do Cais do Sodré e sou fã, mas fica um pouco longe da minha casa. A do Saldanha fica distante mas mesmo assim, mais perto, vou experimentar!

Vamos lá ver quanto tempo vou durar nesta nova modalidade. Sei que os kg não vão começar a escorregar por mim abaixo, mas pelo menos vou "desenferrujar", pois sempre fui muito activa (não é por não gostar de ginásio que levava uma vida sedentária), principalmente em caminhadas, que fiz literalmente até ao último dia de gravidez (na noite anterior andava mamã de Maria às voltas no quarteirão...) e noto que agora qualquer coisa me cansa.

Estão comigo? Bora!

Olhar para as tuas fotos de bebézinha (como se fosses já uma adolescente) vezes sem conta, e ficar sempre com os olhos molhados... e já com saudades "de ti".


Coisas de mãe.