Quando estamos no auge da nossa felicidade, quando achamos que nada mais importa se não aquele pedacinho nosso que está deitado no berço, é quando de repente tudo parece que desmorona aos nossos pés. E é literalmente o fim do mundo. Porquê? Porque ao contrário de outros problemas que podemos desabafar com a mãe, com a melhor amiga ou até com o marido, este não podemos. Até conseguimos rondar o assunto, mas se eventualmente explicamos tudo nu e cru, ninguém entenderá e corremos até o risco de sermos mal interpretadas (coisa que acontece com muita frequência quando passamos ao estatuto de mães).
Refiro-me aqueles dias em que temos a certeza de que as hormonas ainda não estão no seu devido lugar, aqueles dias em que acordamos e deitamo-nos com vontade de estar noutro lugar qualquer, sozinhas e em silêncio, aqueles dias que só nos apetece largar o bebé na alcofa a chorar por uns minutos e ir à varanda dar dois berros até ficarmos roucas. Mas não podemos contar a ninguém... principalmente aos mais próximos (curioso, hã!). Mais curioso ainda é que passados 10 minutos, tudo passou. Portanto em menos de 10 minutos vamos do choro, ao riso babado a olhar para a nossa cria. E eu que achava que era louca...
Mais curioso ainda é que mesmo nos dias em que nos sentimos mais cansadas, são os dias em que conseguimos sentir que passaríamos por tudo isto novamente.
Só tenho mesmo pena de que quando estou naquela "zona cinzenta" (ainda por cima sou mãe e trabalhadora por conta própria, portanto não posso sair para o escritório todos os dias como se nada fosse) não possa falar com ninguém. Não nos é permitido queixar, não nos é permitido não nos sentirmos abençoadas diariamente e muito menos nos é permitido dar um berro que nem loucas no meio da rua. Só para desabafar...
O que piora tudo isto? O marido chegar a casa e termos de abrir um sorriso quando tudo o que nos apetece é mandá-lo literalmente à merda. Sim à merda, não há mais sitio nenhum que me lembre agora. Mas não podemos, porque se fizermos isto todas as vezes que nos sentimos assim, quer queiramos quer não, há muita coisa que fica em risco, porque por mais compreensivos que os homens sejam nestas alturas, nunca compreendem a fundo todo o dilema interior com que nos deparamos.
Merda para as hormonas...
Refiro-me aqueles dias em que temos a certeza de que as hormonas ainda não estão no seu devido lugar, aqueles dias em que acordamos e deitamo-nos com vontade de estar noutro lugar qualquer, sozinhas e em silêncio, aqueles dias que só nos apetece largar o bebé na alcofa a chorar por uns minutos e ir à varanda dar dois berros até ficarmos roucas. Mas não podemos contar a ninguém... principalmente aos mais próximos (curioso, hã!). Mais curioso ainda é que passados 10 minutos, tudo passou. Portanto em menos de 10 minutos vamos do choro, ao riso babado a olhar para a nossa cria. E eu que achava que era louca...
Mais curioso ainda é que mesmo nos dias em que nos sentimos mais cansadas, são os dias em que conseguimos sentir que passaríamos por tudo isto novamente.
Só tenho mesmo pena de que quando estou naquela "zona cinzenta" (ainda por cima sou mãe e trabalhadora por conta própria, portanto não posso sair para o escritório todos os dias como se nada fosse) não possa falar com ninguém. Não nos é permitido queixar, não nos é permitido não nos sentirmos abençoadas diariamente e muito menos nos é permitido dar um berro que nem loucas no meio da rua. Só para desabafar...
O que piora tudo isto? O marido chegar a casa e termos de abrir um sorriso quando tudo o que nos apetece é mandá-lo literalmente à merda. Sim à merda, não há mais sitio nenhum que me lembre agora. Mas não podemos, porque se fizermos isto todas as vezes que nos sentimos assim, quer queiramos quer não, há muita coisa que fica em risco, porque por mais compreensivos que os homens sejam nestas alturas, nunca compreendem a fundo todo o dilema interior com que nos deparamos.
Merda para as hormonas...
